segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Salmo 31




SALMO 31 (30) 

Em tuas mãos entrego o meu espírito
Do mestre de canto. Salmo. De Davi.

2     Javé, eu me abrigo em ti: que eu nunca fique envergonhado.

      Salva-me, por tua justiça!

3     Inclina teus ouvidos para mim! Vem depressa libertar-me! Sê para mim um rochedo forte,

      uma fortaleza que me salve;

4     pois o meu rochedo e muralha és tu:

      guia-me por teu nome, conduze-me!

5     Tira-me da rede que armaram para mim, pois tu és a minha fortaleza.

6     Em tuas mãos entrego o meu espírito. Resgata-me, Javé Deus!

7     Tu detestas os que adoram ídolos vazios. Quanto a mim, eu confio em Javé.

8     Dançarei de alegria com teu amor, pois viste minha miséria, soubeste da opressão contra mim.

9     Não me entregaste nas mãos do inimigo, firmaste os meus pés em lugar espaçoso.

10    Tem piedade de mim, Javé, pois estou oprimido.

      A dor me consome os olhos, a garganta e as entranhas.

11    Eis que a minha vida se consome em tristeza e meus anos em gemidos;

      o meu vigor se enfraquece com a miséria, e meus ossos se consomem.

12    Pelos opressores todos que tenho, já me tornei um escândalo;

      um nojo para meus vizinhos, um terror para meus amigos.
  
      Os que me vêem na rua, fogem para longe de mim.

13    Fui esquecido como um morto, e estou como objeto perdido.

14    Ouço o cochicho de muitos, e o pavor me envolve!

      Eles conspiram juntos contra mim, e tramam tirar-me a vida.

15    Quanto a mim, Javé, eu confio em ti, e digo: Tu és o meu Deus!

16    Em tuas mãos está o meu destino: liberta-me dos inimigos que me perseguem!

17    Faze brilhar tua face sobre o teu servo. Salva-me, por teu amor!

18    Javé, que eu não me envergonhe de te invocar; envergonhados fiquem os injustos, fiquem reduzidos ao silêncio do túmulo!

19    Emudeçam os lábios mentirosos que proferem insolências contra o justo, com soberba e desprezo!

20    Como é grande a tua bondade, Javé! Tu a reservas para os que temem a ti,

      e a concedes aos que em ti se abrigam, diante de todos os homens.

21    Tu os escondes onde escondes a tua face, longe das intrigas humanas.

      Tu os ocultas em tua tenda, longe das línguas que discutem.

22    Seja bendito Javé!

      Ele fez por mim maravilhas de amor na cidade fortificada.

23    Quanto a mim, na minha ânsia eu dizia: Fui excluído para longe dos teus olhos!

      Tu, porém, ouviste a minha voz suplicante, quando eu gritei para ti.

24    Amem a Javé, seus fiéis todos! Javé preserva os que são leais,

      mas retribui com juros

      a quem age com soberba.

25    Sejam firmes, fortaleçam o coração, todos vocês que esperam em Javé!